Sustentabilidade

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ODS da Amazomel
Nove processos foram cientificamente identificados como chave para regular a estabilidade, resiliência e funções de suporte à vida do sistema terrestre; esses processos são conhecidos como os Limites Planetários (PBs).
A Bacia Amazônica, a região de ecossistema e biodiversidade mais rica em terra, corre o risco de entrar em colapso (transformando-se em um estado de Savana, sem mais sumidouro de carbono, mas uma nova fonte de carbono) já a 1,5°-2°C, caso o desmatamento alcance 20-25% da cobertura florestal total. Hoje, estamos a 1,2°C de aquecimento global e 17% de desmatamento!

Contribuição da Amazomel para a Saúde Planetária
Última Avaliação de PBs: Relatório de Verificação da Saúde Planetária (outubro de 2024, página 12)

Mudanças climáticas
Amazomel: Mais abelhas significam mais árvores. Maior sequestro de carbono em áreas florestais. Amazomel: Comunidades rurais migrando da pecuária/madeireira para a meliponicultura. Emissões de GEE evitadas.
Amazomel: Preservação da diversidade animal: A Amazomel trabalha com mais de 60 espécies diferentes de abelhas nativas sem ferrão. Amazomel: Restauração da diversidade vegetal: As abelhas nativas sem ferrão estão polinizando incontáveis espécies de plantas.
Mudança na integridade da biosfera
Mudança no Sistema Terrestre
Amazomel: A meliponicultura é uma fonte de renda alternativa, sustentável e regenerativa à pecuária, à exploração madeireira ou à monocultura intensiva, prevenindo o desmatamento. Amazomel: As abelhas nativas sem ferrão são espécies-chave nos ecossistemas locais e, portanto, preservam suas funções e serviços ecológicos.
Amazomel: produção de mel 100% orgânico, evitando qualquer uso de pesticidas que possam contaminar os cursos d'água.
Mudança de água doce
Amazomel: produção de mel 100% orgânico, evitando qualquer uso de fertilizantes que modifiquem os ciclos de nitrogênio e fósforo.
Modificação de Fluxos Biogeoquímicos
Amazomel: Ao coletar e transportar a granel, além de desenvolver novas embalagens sem plástico, a Amazomel evita o uso de novas entidades, como o plástico.
Introdução de Novas Entidades
Amazomel: Ao apoiar o reflorestamento e evitar emissões adicionais de GEE, a meliponicultura previne a acidificação dos oceanos.
Acidificação dos oceanos
Impacto do Amazomel nos limites planetários


Impactos e valores únicos

O BIOMA
A Amazônia é o maior bioma da Terra e ocupa 5% da superfície terrestre. Abrange 7,8 milhões de km² (equivalente à Austrália) e abrange 9 países. Trinta e três milhões de pessoas vivem na região, incluindo 385 povos originários, além de grupos isolados [RAISG, 2012].
AMAZÔNIA BRASILEIRA
A Amazônia ocupa metade do território brasileiro (4,9 milhões de km²), o equivalente ao total de 28 países da União Europeia. Na Amazônia brasileira vivem 25 milhões de pessoas, entre elas 1 milhão de famílias em comunidades tradicionais dedicadas à agricultura familiar.
ALÍVIO
96% da Amazônia é considerada planície, onde mais da metade fica abaixo de 100 m acima do nível do mar, e menos de 5% fica acima de 500 m.
A RIQUEZA DA FLORESTA AMAZÔNICA
3 dimensões principais:
A ÁGUA
O estuário do Amazonas e do Tocantins contém 1/5 da água fluvial do planeta. O desmatamento, a pecuária e a indústria da soja destroem pequenos riachos. A maioria das nascentes dos rios torna-se intermitente na estação seca ou simplesmente desaparece, afetando o ciclo hidrológico.
AMAZÔNIA BRASILEIRA
A Floresta Amazônica é uma esponja que absorve água do Oceano Atlântico e a retém no meio ambiente (100 bilhões de toneladas de água permanecem na região, o que lhe confere umidade). Parte dessa umidade viaja para regiões vizinhas na forma de "rios voadores". Essas correntes de umidade transportam mais água do que os rios terrestres. Sem a floresta, o vapor d'água (umidade) na região diminui drasticamente.
DIÓXIDO DE CARBONO
Acredita-se que a Amazônia brasileira abrigue 82,1 bilhões de toneladas de CO2 (com base no INPE, que estima que um hectare médio armazene 167,7 toneladas de CO2) [INPE, 2014]. O desmatamento, os incêndios florestais (e o uso de fogo para agricultura) e outros usos do solo podem liberar quantidades significativas de dióxido de carbono, contribuindo para o aquecimento global.
3 serviços ambientais críticos:
3 valores únicos de biodiversidade:
FLORESTA
A Amazônia abriga mais da metade da maior floresta tropical remanescente do planeta. 76 países detêm a outra metade em três continentes.
BIODIVERSIDADE
A Amazônia é o bioma mais complexo conhecido. Estima-se que abrigue 1,5 milhão de espécies. Isso significa que, presumivelmente, em uma área de 5% da superfície da Terra, encontram-se 1⁄4 de todas as espécies vivas. Para anfíbios (sapos, rãs, etc.), o endemismo chega a 87%, e para répteis (cobras, tartarugas, crocodilos), 62% são endêmicos.
DIVERSIDADE DE PLANTAS
Acredita-se que a Amazônia brasileira abrigue 82,1 bilhões de toneladas de CO2 (com base no INPE, que estima que um hectare médio armazene 167,7 toneladas de CO2) [INPE, 2014]. O desmatamento, os incêndios florestais (e o uso de fogo para agricultura) e outros usos do solo podem liberar quantidades significativas de dióxido de carbono, contribuindo para o aquecimento global.

REPRESENTAÇÃO INDÍGENA
Embora os povos indígenas representem apenas 12,5% da população total do estado do Amazonas, os produtores indígenas do estado representam 24,7% do total de produtores indígenas do Brasil.
POPULAÇÃO INDÍGENA
Enquanto quase 80% do PIB do Amazonas é gerado na cidade de Manaus, apenas 14,6% de todos os indígenas do Amazonas vivem na cidade.
INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA
Conclusão: Os produtores indígenas de alimentos são extremamente importantes, e os do Amazonas representam a maior comunidade. Além disso, os povos indígenas são mantidos afastados do desenvolvimento econômico no Amazonas. Por isso, a Amazomel está trabalhando para proteger seus meios de subsistência e capacitá-los para se tornarem financeiramente independentes!
POVOS INDÍGENAS NO AMAZONAS
Importância para a segurança alimentar e empoderamento

PAPEL SIGNIFICATIVO
As abelhas sem ferrão desempenharam um papel significativo nas visões religiosas maias e hoje são usadas direta ou indiretamente para diversos propósitos, incluindo polinização controlada, medicina, artesanato e arte popular; enquanto o mel, a cera e o pólen são regularmente extraídos e vendidos, fornecendo assim uma importante fonte de renda para populações indígenas e não indígenas.
PATRIMÔNIO CULTURAL
A herança cultural compartilhada por esses povos está intimamente ligada, em alguns aspectos, às abelhas sem ferrão. Para muitos grupos indígenas que agora buscam uma vida urbana, as abelhas sem ferrão e seus produtos ainda desempenham um papel importante na arte material e simbólica que facilitou seu engajamento nas economias de mercado regionais e nacionais.
VASTA DIVERSIDADE
Para Carvalho Zilse (2019, p.1), a Amazônia abriga uma “vasta diversidade de abelhas nativas sem ferrão, bem como povos amazônicos, que sempre conviveram com esses insetos e lhes deram diferentes nomes, valores e usos”. Nos escritos de expedições científicas a comunidades amazônicas, são recorrentes “relatos sobre os usos de produtos apícolas no cotidiano desses povos”, como “o uso do mel e do pólen no preparo de remédios chamados garrafadas”, bem como “o consumo de água adoçada com mel; cera manipulada para calafetar canoas e barcos, além do polimento e acabamento de artesanatos, flechas, etc.”
ABELHAS NATIVAS SEM FERRÃO E OS INDÍGENAS
Importância das abelhas sem ferrão nas culturas e tradições

Meliponicultura
Um empoderamento socioeconômico
Aidar (1996, p.14) afirma que a meliponicultura deve ser “entendida como uma atividade vital em nossa sociedade, não apenas para a produção de mel e outros subprodutos, mas também para a manutenção da vida vegetal nos trópicos por meio da polinização de plantas e manutenção da diversidade genotípica deste importante ecossistema”.
A meliponicultura tem potencial para se tornar um ativo essencial nas unidades de produção familiar. É uma atividade que pode incluir jovens, mulheres e idosos na prática produtiva, pois não exige muita mão de obra e quase não exige esforço físico.
Para Magalhães e Venturieri (2010), a criação de abelhas sem ferrão, nativas ou indígenas, é uma alternativa e uma forma de aproveitamento dos recursos naturais, baseada no conhecimento tradicional dos povos indígenas. A meliponicultura é, portanto, uma atividade agrícola que produz impactos positivos para a sociedade, contribuindo para a geração de renda e a manutenção dos ecossistemas, além de promover a diversidade biológica e apresentar baixa dependência de insumos externos à propriedade.

Produtos de abelhas sem ferrão: propriedades medicinais incríveis
As propriedades medicinais do mel de abelhas nativas sem ferrão são atribuídas à forma como as abelhas sem ferrão armazenam seu mel dentro da colmeia. As abelhas sem ferrão armazenam seu mel em potes feitos de resinas de árvores e cera de abelha. Essa mistura é conhecida como própolis. Devido às resinas vegetais presentes na própolis, ela é altamente bioativa, contendo um grande número de polifenóis. Os polifenóis são compostos vegetais, incluindo flavonoides e ácidos fenólicos, e são comumente associados a propriedades terapêuticas.
Ao ficar nesses potes de própolis, o mel é naturalmente infundido com seus benefícios. O mel de abelha nativa também possui considerável atividade peróxica, produzida a partir de enzimas derivadas das abelhas, introduzidas por elas durante o processo de produção do mel.
Referência: Mel de abelha Tetra Native


Atividade Total: uma comparação entre o mel de abelhas nativas sem ferrão e o mel de Manuka
A Atividade Total (AT) refere-se à soma da NPA (atividade não peróxido) e da PA (atividade peróxido). Ela representa a força antibacteriana geral do mel. A AT é determinada comparando a capacidade do mel de inibir um organismo bacteriano com uma solução antibacteriana conhecida contendo fenol. A Atividade Peróxido (AP) do mel é amplamente determinada pela presença de glicose oxidase, uma enzima introduzida pelas abelhas no processo de produção do mel. Os valores de Atividade Não Peróxido (ANP) são atribuídos à fonte de néctar ou ao recurso floral do qual as abelhas se alimentam.
Em um estudo que avaliou a força antimicrobiana de 22 amostras de mel de abelhas nativas sem ferrão da Austrália, a AT média foi de 26,3% (veja o gráfico abaixo). No mesmo estudo, a AT do mel de controle de Manuka foi de 18%. Uma pontuação de AT de 26,3% é considerada muito alta e é aproximadamente equivalente ao mel de Manuka com uma classificação MGO de 1200+.

Referência: Mel de abelha Tetra Native
Referência: Mel de abelha Tetra Native
Propriedades antioxidantes: O mel pode ajudar a prevenir danos às células. As propriedades antioxidantes do mel variam em cada variedade devido às diferentes regiões geográficas [30]. Foi relatado que a atividade antioxidante do mel de abelhas sem ferrão era três vezes maior que a do mel cru de abelhas europeias e quatro vezes maior que a do mel processado [13].
Compostos Fenólicos e Flavonoides: De acordo com Tungmunnithum et al. [33], tanto os flavonoides quanto muitos outros componentes fenólicos têm sido relatados por sua eficácia como antioxidantes, agentes anticancerígenos, antibacterianos e cardioprotetores; anti-inflamatórios; e promotores do sistema imunológico. De acordo com Zulhilmi Cheng et al. [34], o mel de abelha sem ferrão apresenta maior teor de fenólicos em comparação ao mel de abelha europeia, o que se deve ao tamanho menor da abelha sem ferrão, permitindo-lhe coletar néctar de diferentes espécies de flores.
Propriedades antimicrobianas: Um estudo ([23]) sobre abelhas sem ferrão no Brasil (Melipona bicolor, Melipona quadrifasciata, Melipona marginata e Scaptotrigona bipuncatata) relatou que a atividade antimicrobiana do mel de abelha sem ferrão foi duas vezes maior que a do mel de abelha europeia quando comparado a descobertas anteriores de MIC.
Perfil de açúcar: A trealulose é um açúcar raro que não ocorre naturalmente em nenhum outro alimento. A trealulose é especial por ter baixo IG, o que significa que não causa picos de açúcar no sangue. As abelhas sem ferrão convertem todo o néctar que contém sacarose em trealulose durante o processo de fabricação do mel. O mel de abelhas sem ferrão nativas contém menos açúcar total do que o mel comum, com uma média de 64 g por 100 g de mel, dos quais 32%, em média, são trealulose, um açúcar de baixo IG. O mel de Manuka contém, em média, 78 g de açúcar por 100 g de mel.
Fontes
Chidi & Odo, 2017 – Meliponicultura para economia sustentável (1º Estudo)
Rozman et al., 2022 – Uma revisão abrangente de produtos de abelhas sem ferrão (2º estudo)
Nogueira, 2023 – Panorama das Abelhas Sem Ferrão no Brasil (3º Estudo)
Ramalho, 2004 – Abelhas sem ferrão e árvores com floração em massa no dossel da Mata Atlântica: uma relação estreita (4º Estudo)
Toledo-Hernandez et al., 2022 – As abelhas sem ferrão (Hymenoptera: Apidae: Meliponi): uma revisão das ameaças atuais à sua sobrevivência (5º Estudo)
Athayde, Stepp & Ballester, 2016 – Engajando o conhecimento indígena e acadêmico sobre abelhas na Amazônia: implicações para a gestão ambiental e a pesquisa transdisciplinar (6º Estudo)
De Sousa Silva et al., 2023 – Aspectos socioeconômicos dos meliponicultores na Amazônia: desafios para a criação efetiva de abelhas sem ferrão visando a manutenção dos serviços ambientais e ecossistêmicos (7º Estudo)
Da Costa et al., 2021 – Meliponicultura no Amazonas: Desafios para a manutenção dos serviços ambientais, sustentabilidade e bem-estar das comunidades rurais (8º Estudo)
De Souza Oliveira, 2020 – Etnobiologia das Abelhas Nativas do Brasil nas Etnias Kaiabi, Kayapó, Xavante e Guarani (9º Estudo)
De Andrade, 2014 – Caracterização de Morfologia Floral de Espécies Visitadas por Meliponas de Criação em Parintins, Estado do Amazonas (10º Estudo)
Patel et al., 2020 – Por que as abelhas são essenciais para alcançar o desenvolvimento sustentável (11º Estudo)
Khan, 2023 – Revisão do papel das abelhas como engenheiras de ecossistemas na natureza
Grüter, 2020 – Abelhas sem ferrão – seu comportamento, ecologia e evolução (livro)
Ayala, Gonzalez e Engel, 2013 – Pot-Honey – Um legado de abelhas sem ferrão (Livro 2) – Capítulo Abelhas sem ferrão mexicanas (Hymenoptera: Apidae): Diversidade, distribuição e conhecimento indígena
Blog Tetra Native Bee – Mel de abelha nativa sem ferrão vs. Manuka: uma comparação completa, 14/02/2024
Instituto Peabiru, 2015 – Amazônia, polinização e o Instituto Peabiru – Um breve olhar sobre a Amazônia e seus desafios socioambientais